AS CRISES DO FEUDALISMO
A
população européia, entre os séculos XI e XIV, cresceu consideravelmente e
nesse crescimento a população de nobres se inseria aumentando suas regalias e
pressionando os que produziam – os camponeses. Essa opressão gerou insatisfação
e revoltas por partes dos trabalhadores que fugiam, muitos deles, para as
cidades. Junto a isso, o clima europeu sofreu alterações e chuvas em excesso
prejudicaram as colheitas. Com a escassez de alimentos veio a carestia e com
esta a fome. No século XIV, o cenário estava preparado para a Peste Negra,
epidemia que aniquilou aproximadamente 1/3 da população européia que estava
deveras mal-alimentada.
Assim, rebeliões ameaçavam tanto
a tradicional nobreza quanto a emergente burguesia. Ambas necessitavam de uma
autoridade que impusesse a paz. Essa autoridade era o rei, que unificaria
politicamente os feudos sob sua autoridade, gerando os Estados Nacionais e
acabando com a descentralização herdada do período medieval.
O ESTADO MODERNO
O Estado
Moderno, ou Estado Nacional caracterizava-se pelos seguintes pontos:
-
centralização do poder político
-
surgimento de uma burocracia
-
formação de um exército nacional
-
fortalecimento da justiça real
-
arrecadação de impostos devidos ao rei
-
unificação monetária
-
eliminação da autonomia das cidades
Estas
mudanças contaram com indivíduos que pensaram na melhor maneira de governar; os
teóricos do absolutismo concordavam em alguns pontos e divergiam noutros. Vamos
observar suas idéias de maneira geral.
TEÓRICOS
DO ABSOLUTISMO
Nicolau Maquiavel 1469-1527
-
secretário florentino
- obra:
O Príncipe
-
obrigação maior do governante: segurança para o reino
- ser
temido é mais seguro
-
reputação é interessante para o Estado
- moral
X política: separação
-
religião: é interessante apenas para manter a grandeza do Estado
-
política externa: exército pronto para a guerra; uso de astúcia e fraude
-
política em primeiro lugar: fundação, conservação e ampliação do Estado
Thomas Hobbes 1588-1679
- obra:
O Leviatã
- pacto
de transferência: cada um autoriza a pessoa a governá-la se todos os outros o
fizerem
-
relação proteção e obediência: os súditos obedecem enquanto forem protegidos, o
que legitima a subserviência ao rei que vence outro
- o rei
é maior legislador de todos
-
direito de violar a propriedade em caso de ameaça externa
- lei,
propriedade, opiniões, doutrinas e religião: controle total do soberano
Jean Bodin 1530-1596
- obra:
A república
-
confronto com Maquiavel: o soberano bem do Estado não está separado do soberano
bem do indivíduo
-
soberania é perpétua: exercida durante toda a vida sem delegação a terceiros
-
soberania é absoluta: o rei não é afetado por leis anteriores e nem dele
- três
tipos de governo: monarquia, aristocracia e democracia
- limite
à soberania do chefe de Estado: direito de propriedade dos súditos
Pense FORA DA CAIXA.
Tenha HISTÓRIA NA CABEÇA.

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