Pensar o racismo, e especificamente o racismo antinegro, é
compreender as estruturas que promovem e sustentam a manutenção e reprodução de
uma visão de mundo discriminatória, que atribue uma posição social de
inferioridade a uma população tendo como ponto de partida a origem étnica, a
cor da pele, a fibra do cabelo e as criações culturais.
Racismo antinegro (ou qualquer outra visão de mundo
inferiorizante) não é essencial. O que isso quer dizer? Que não se nasce
racista, machista, homofóbico e nem respeitador ou respeitadora das diferenças,
porque tanto uma atitude quanto a outra são parte do processo de socialização
que é iniciado quando se nasce e é afirmado durante toda a vida das pessoas.
Assim, durante a vida somos educadas, de maneira implícita,
a inferiorizar pessoas a partir de características ligadas a expressões
afro-brasileiras. Quando alguém é acusado de racismo, deve levar em
consideração, antes de reagir negando que seja, que foi educado em um processo
de socialização que inferiorizou – e inferioriza – pessoas de um grupo étnico
inteiro e a maior parte das suas formas de estar e viver e que assim como essas
estruturas foram construídas, precisam ser desconstruídas social e
culturalmente.
Pense nisso.
VEJA TAMBÉM:

0 comentários:
Postar um comentário