Uma das marcas da sociedade consumista na qual estamos inseridas/os é a velocidade com que as mudanças acontecem. Essa velocidade, no entanto, impossibilita o melhor aproveitamento da própria vida.
Rapidamente se deve aprender algo. Rapidamente se deve conhecer pessoas e com elas se relacionar (inclusive sexualmente, principalmente sexualmente) sob pena de não estar "aproveitando a vida".
Nessa situação, todas as dores devem ser evitadas e a todo custo. Essas dores vão desde aquelas que são necessárias para aprender algo (focalizar atenção numa leitura, a dor oriunda do treinamento físico para atingir excelência em algum esporte, arte marcial, dança) até a dor da morte e do luto que ela traz - ou deveria trazer.
Entretanto, não somos apenas o que fisicamente buscamos evitar. A frustração, a angústia, o medo, a insegurança que, enganosamente não queremos sentir, não some, não desaparece. Apenas espera a brecha para se apropriar do espaço que lhe foi negado.
O cantor e compositor Walter Franco em sua canção CANALHA, nos brinda com essa reflexão acerca da dor inevitável, da dor canalha.
ESCUTA CANALHA DE WALTER FRANCO AQUI
Pense FORA DA CAIXA

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